Nossa história

Essa história é toda movimento, é constante mudança pra dialogar com as necessidades dos tempos, é fortalecimento porque enfrenta o desafio da horizontalidade organizativa – forjada na diversidade, pluralidade e feita da troca, do debate, do acúmulo coletivo e do consenso -, e porque luta por uma democracia radical. É renovação porque a história que carregamos se encontra com a luta das que vieram antes e de tantas outras mulheres, de todas as idades, de diferentes contextos e situações de vida, que se juntam no desejo de transformar o mundo pelo feminismo, fazendo movimento feminista.

Navegue por nossa linha do tempo e conheça importantes momentos da história da AMB!

2022

  • A AMB constrói com seus agrupamentos locais e em articulação nacional com parceiras e aliadas dos movimentos feministas uma grande mobilização de 8 de março. O Dia Internacional de Luta das Mulheres conta com uma robusta programação em diversos estados e a AMB realizou uma potente estratégia de comunicação para visibilizar este importante mês de luta feminista. Para isso foi construída uma identidade visual, diversos materiais, um boletim e um manifesto político, que também foi adaptado para literatura de cordel. A AMB também atuou e integrou as comissões de metodologia e comunicação da articulação nacional que construiu a carta unificada Pela Vida das Mulheres: Bolsonaro Nunca Mais;
  • A AMB lança no 1º de maio, dia das trabalhadoras, um material sobre o impacto na vida das mulheres devido a reforma trabalhista e a reforma da previdência, ocorridas em 2017 e 2019. O material é fruto da Pesquisa encomendada à analista judiciária e militante da AMB, Edna Carla Machado, para examinar as consequências destas reformas que representam grave ataque aos direitos das mulheres no Brasil;
  • Sai a publicação impressa do livro ”Semeando o Feminismo: Práticas Políticas da AMB. Uma sistematização de construção coletiva, escrita por diversos agrupamentos AMB, que reúne as práticas políticas feministas antipatriarcais, anticapitalistas e antirracistas da Articulação;
  • Movimentos populares, dentre eles a AMB, se organizam antes do período eleitoral em busca de “Superar a Crise e Reconstruir o Brasil”, lançando um documento que identifica os problemas mais urgentes no cenário nacional e aponta aos candidatos propostas;
  • A AMB participa em São Paulo, em junho, da Conferência Popular pelo Direito à Cidade que conta com mais de 600 delegadas e delegados de 26 estados e do Distrito Federal, na defesa de um projeto de Reforma Urbana popular;
  • Em julho acontece a 10ª edição do Fórum Social Pan-Amazônico – FOSPA, na cidade de Belém/PA. A AMB participa da marcha de abertura e constrói com diversos movimentos da região uma robusta programação feminista dentro do Fórum, que conta com a Casa da Resistência das Mulheres onde acontecem painéis sobre trabalho e cuidados, diversidade, democracia, resistência, e ainda, direitos sexuais e reprodutivos. Também constrói o Tribunal de Justiça e Defesa dos Direitos das Mulheres Panamazônicas e Andinas – Tribunal das Mulheres e a declaração final do encontro.
  • Acontece em agosto, em Recife, a VII Plenária Nacional AMB em que é construída uma Carta Política que posiciona a AMB sobre o pleito eleitoral 2022 e nossa defesa inegociável da democracia.  
  • Com a vitória de Lula para presidente o país entra num intenso processo de retomada da democracia. A AMB entra em uma articulação dos movimentos feministas e de mulheres do campo da esquerda, para incidir sobre o novo governo e constrói uma Carta dirigida à equipe de transição, sugerindo propostas que visam melhorar a vida das brasileiras.
  • Em dezembro, é realizada em Fortaleza/CE o Intercâmbio e Mostra Pública de Artivismo e Práticas Criativas AMB, que reuniu as artes e as práticas de resistência dos territórios e nacionais. Confira o e-book e o vídeo do encontro:

2021

  • Com o agravamento das desigualdades sociais no Brasil, durante o período de pandemia, a AMB construiu a estratégia de uma Rede de Solidariedade para lhe dar com a situação de vulnerabilidade das mulheres. Diversos estados aderiram as ações, aos debates e mutirões com distribuição de alimentos, máscaras e kits de prevenção à covid19. Também foram produzidos nos estados, diversos materiais informativos tendo sido lançada pela AMB RJ a cartilha “Solidariedade Feminista em Tempos de Pandemia”;
  • Com a política de mortes, de empobrecimento e a sistemática retirada de direitos da população pelo governo bolsonarista cresce a luta pelo Fora Bolsonaro. Os movimentos sociais e a sociedade fazem pressão por #VacinaJá e diversos atos, nacionais e internacionais, são realizados ao longo deste ano, como o STOP Bolsonaro.
  • Em junho é lançada a nova identidade visual da AMB como parte de seu processo de comemoração dos 25 anos da Articulação;
  • Entre 7 e 10 de setembro acontece, em Brasília, a II Marcha das Mulheres Indígenas. A AMB e o Cfemea promovem na programação uma Tenda de Autocuidado e Cuidado entre Ativistas onde são oferecidas atividades como roda de automassagem e reflexologia, TREM (exercícios corporais para o alívio do estresse e das tensões), rodas de diálogo sobre cuidados entre ativistas e debates sobre o Fórum Social Panamazônico. O espaço é uma forma de fortalecimento e cuidado das mulheres militantes e ativistas, indígenas e não-indígenas presentes, que estão nas trincheiras diárias da luta por direitos e soberania.
  • Por conta do distanciamento social e protocolos sanitários, a VI Plenária Nacional AMB é realizada de forma totalmente virtual, em novembro. Espaço de ampla participação da militância para discutir cenários e definir as estratégias de lutas do contexto. Também foram aprofundadas questões sobre a situação da militância da AMB, um diagnóstico sobre pertencimento e sobre as condições de vida socioeconômicas das militantes. Foi eleita nesta Plenária a nova coordenação da AMB.

2020

  • Entre 13 e 16 de fevereiro é realizado o segundo Curso Nacional de Formação em Rede, para militantes de todos os agrupamentos da AMB;
  • Ocorrem os atos de 8 de março em todo país, a AMB se organiza em diversos estados nas mobilizações locais;
  • Ainda em março o Brasil é acometido severamente pela pandemia da covid-19. Esse ano é marcado por uma profunda crise sanitária global e agravada no Brasil pela política genocida e irresponsável do governo Bolsonaro. Nesse contexto, a AMB passa a realizar a maior parte de suas atividades e lutas virtualmente;
  • Em abril ocorre a primeira grande plenária virtual para definição da estratégia geral da AMB. A partir desta plenária se constrói uma agenda política. Na consolidação desta agenda política, a AMB desenvolve ações de solidariedade nos territórios onde está organizada, com apoio de editais internos e de campanhas de arrecadação; realiza diálogos feministas sobre as práticas de solidariedade durante a pandemia; elabora metodologias de acolhimento através do WhatsApp e de reuniões virtuais; os agrupamentos criam e divulgam materiais informativos de prevenção ao Coronavírus; desenvolvem-se inúmeras ações de articulação local e nacional para pressionar o Estado por medidas eficazes de resposta ao contexto; se engaja nas denúncias do governo genocida e constrói campanhas contra o bolsonarismo e pela derrubada do desgoverno Bolsonaro e Mourão. A AMB também participa, junto a outras organizações, da luta pelo auxílio emergencial, atuando na plataforma dos movimentos sociais, no observatório DH CriseCovid19 e em outras articulações nacionais;
  • São organizadas duas lives intituladas “#Eles não: Vamos derrubar o governo/Nem Bolsonaro, nem Mourão – Queremos nova eleição”. A primeira, realizada em maio, contou com a participação da Marcha Mundial de Mulheres, a Marcha das Margaridas, Liga Brasileira de Lésbicas, Articulação de Mulheres Negras Brasileiras, Movimento de Mulheres Camponesas, Rede Feminista Antiproibicionista. A segunda, em junho, teve como convidadas a Marcha das Mulheres Indígenas, CONAQ/LBL, Articulação de Negras Jovens Feministas. Além de fortalecer a campanha a luta para derrubar o governo, as lives buscaram fortalecer as alianças do campo feminista;
  • Soma-se ao Levante das Mulheres na construção do manifesto “Mulheres Derrubam Bolsonaro” e de seu ato político, realizado em 2 de julho. O Manifesto teve 45 mil assinaturas e foi entregue, no dia do ato, ao STF e ao Congresso Nacional, em Brasília;
  • A AMB realiza diversas atividades no Julho das Pretas, que foram registradas em um Boletim organizado pela Coletiva de Comunicação, e encerra este processo com o lançamento do vídeo “AMB afirmando a luta Antirracista pelas vidas negras e pelo bem viver”;
  • AMB participa da mobilização em torno da celebração dos 20 anos da Marcha das Margaridas, que culminou em uma live comemorativa realizada em agosto;
  • Diante da proposta do Departamento Penitenciário Penal (Ministério da Justiça) de uso de contêineres em unidades prisionais para isolar pessoas privadas de liberdade infectadas pelo covid-19, a AMB se soma à campanha #NãoAosConteiners, puxada pela Agenda Nacional Pelo Desencarceramento. Com o intuito de seguir aprofundando as discussões sobre desencarceramento e as condições prisionais no Brasil, a AMB realiza em julho o curso “Feminismo Anti-cárcere”;
  • AMB realiza o curso nacional “Sistematizando Práticas Políticas dos Agrupamentos da AMB na Vida Pública”;
  • Através da Frente Nacional Contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto e de seus agrupamentos Locais (especialmente o Fórum de Mulheres do Espírito Santo e Fórum de Mulheres de Pernambuco), a AMB atua expressivamente no caso cruel de tentativa de impedimento do direito ao aborto legal a uma criança de 10 anos que vinha sendo abusada por seu tio. Militantes do FOMES prestam apoio à família e à criança, diante das pressões que vinham sofrendo de setores fundamentalistas e da necessidade de transferência para realização do procedimento em outro estado. Na chegada ao Recife, militantes do FMPE e de outros coletivos que integram a Frente local fazem vigília em frente ao Hospital, confrontando os fundamentalistas que tentavam impedir que o procedimento fosse realizado através de constrangimentos aos profissionais e à própria criança. A AMB denunciou publicamente o episódio e esteve presente até que a criança estivesse em segurança. A partir deste caso, a AMB participa da campanha #GravidezAos10Mata #CriançaNão Émão nas redes sociais e lança outra, #EuAos10Anos;
  • No dia 05 de setembro, a AMB realiza uma roda de conversa virtual intitulada “Corpo e Território: Mulheres Indígenas No Contexto Urbano e Nos Territórios”;
  • Diante do Colapso gerado pela falta de Luz no Amapá, a AMB realiza a campanha emergencial “Solidariedade Feminista com o Amapá”, contribuindo para ações de solidariedade para mulheres desse território;
  • A AMB encerra o ano celebrando com o SARAU FEMINISTA ANTIRRACISTA seus 25 anos, realizado virtualmente, no ocasião é lançado o Livro 25 anos da AMB.

2019

  • Em abril, AMB participa do ato Mulheres Unidas em Defesa da Previdência, na Câmara dos Deputados;
  • AMB realiza reuniões de planejamento das coletivas de lutas nacionais Pelo Fim do Racismo e Violação aos Direitos da Mulheres Indígenas, Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres e da Coletiva de Comunicação;
  • Em maio acontece, no Ceará, a V Plenária Nacional AMB, em que surge a demanda de realizar um encontro intergeracional com as diferentes gerações para debater o tema na Articulação;
  • AMB se engaja na “Campanha Internacional Em Defesa de Nossos Corpos e Nossos Territórios”, articulada por mulheres amazônicas, indígenas, quilombolas, rurais, periféricas, das águas, das florestas, dos campos, das cidades, das periferias de diversas partes da América Latina;
  • Em julho é realizado, na Esplanada dos Ministérios – Brasília, o Tribunal Popular das Mulheres sobre a Reforma da Previdência. A ação foi organizada pela Articulação de Mulheres Brasileiras, Marcha Mundial de Mulheres, Movimento de Mulheres Camponesas, Articulação de Mulheres Negras e pela Federação Nacional de Trabalhadoras Domésticas. A sentença do Tribunal, que condenou a reforma e todos os parlamentares que votassem a seu favor, foi entregue às deputadas que integravam a Subcomissão Especial de Seguridade da Mulher, que integra a Comissão de Seguridade Social e Família, passando a fazer parte do relatório desta subcomissão contra a reforma;
  • I Marcha das Mulheres Indígenas ocupa as ruas de Brasília, entre 10 a 14 de agosto. Foram 1.500 mulheres de mais de 130 diferentes povos indígenas, representando todas as regiões do Brasil que marcharam nas ruas de Brasília por demarcação das terras, saúde e educação na última semana em Brasília. A AMB esteve presente, fortalecendo a luta das mulheres indígenas;
  • AMB participa dos processos de mobilização locais para a Marcha das Margaridas e, entre os dias 13 e 14 de agosto, participa da 6ª Marcha das Margaridas, que reuniu em Brasília cerca de 100 mil participantes vindas de diferentes partes do Brasil, especialmente mulheres do campo, da floresta e das águas. No evento, foi lançada uma plataforma política, reafirmando a defesa da terra, água, das práticas agroecológicas, das políticas de educação e saúde, do combate à violência de gênero, além da Previdência Social;
  • No dia 13 de agosto, na cerimônia de Abertura da Marcha das Margaridas, é lançado o Encontro Nacional do Movimento Feminista. Em novembro de 2019, foi realizada, no Recife, a primeira reunião preparatória para o Encontro, contando com uma grande diversidade de movimentos de mulheres de todo Brasil. Em decorrência da pandemia do Coronavírus, o Encontro, que estava programado para ser realizado em 2020, foi adiado sem previsão de nova data;
  • Em agosto, AMB participa do Lançamento da Frente Parlamentar Feminista Antirracista com participação popular, no Congresso Nacional;
  • Nos dias 14 e 15 de agosto, a AMB participa, em Brasília, da 3ª Plenária Nacional da Frente Contra a Criminalização das Mulheres e Pela Legalização do Aborto, que contou com a participação de mais de 200 mulheres de todo o Brasil;
  • A Frente Nacional contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto apresenta dossiê sobre a criminalização das mulheres por aborto no período de 2007 a 2014, que identifica estratégias e ações de criminalização das mulheres que envolvem o Poder Legislativo, Executivo e Judiciário, apresentadas em três seções;
  • AMB contribuiu Frente Nacional contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto para construção da segunda edição do Festival Pela Vida das Mulheres, realizado em diferentes cidades do Brasil.
Marcha das Margaridas, 2019. Foto: Carolina Coelho | Acervo AMB.

2018

  • A AMB inicia o ano se posicionando contra a condenação de Lula, por entender que o processo que o condena fere os princípios democráticos. A posição foi publicizada através do Manifesto da AMB em defesa da justiça e da democracia. 
  • A dose é repetida na articulação e mobilização para a ação do 8M, com os movimentos nacionais e locais, acolhendo as estratégias e lutas acordadas durante o 14º EFLAC, visando uma ação articulada internacionalmente. A AMB se coloca na linha de frente, alimentando a página “Paralisação das Mulheres Brasileiras”, criada no Facebook e no grupo do Whatsapp, que conta com mulheres de praticamente todos os estados e de outros movimentos, como a Rede de Mulheres Negras de PE/do Nordeste, CONTAG, AMNB, MMC, MST, PartidA, RENFA, Mídia Ninja, entre outras,  e faz também a interlocução com as companheiras dos outros países, através da La Internacional.
  • Em março a AMB participa ativamente do Fórum Social Mundial em Salvador. Lá  faz parte da comissão de metodologia para a construção da Assembléia das Mulheres e também realiza muitas atividades próprias, em parceria com a AFM, como o Circo Fundamental: espaço ocupado para o lançamento da campanha “Sua boca é fundamental contra o fundamentalismo” e a campanha “Nosso Corpo, Nosso Território” e os Diálogos Feministas “Crise da Democracia e Ameaças Fundamentalistas na América Latina”. Em parceria com outros movimentos feministas realiza uma oficina de avaliação do 8M e construção do Fórum Feminista Contra o G20, atividade que tem a presença de mais de 100 mulheres de 23 países. No dia 14 de março a triste notícia da execução de Marielle Franco motiva uma grande caminhada de indignação e revolta onde os gritos  “ela é preta, ela é favelada, a Marielle representa a mulherada!” invade as ruas de Salvador.
  • Em março a AMB participa do Fórum Mundial da Água (FAMA), presente na construção e coordenação do Tribunal Popular das Mulheres “Marielle Franco”, em parceria com a CONTAG. Este Tribunal é uma das atividades com maior destaque e público, cuja metodologia é apresentada na plenária central do FAMA.
  • A IV Plenária Nacional da AMB é realizada em São Paulo, com a presença de 80 mulheres, de 18 estados brasileiros. Nesta plenária, além de outros desafios, a AMB reafirma a importância de fortalecer alianças e construir outras. A abertura conta com convidadas representantes de outras redes/articulações feministas parceiras e é marcada por troca de experiências, opiniões e impressões sobre o contexto político e as ameaças aos movimentos sociais. A Plenária reafirma a luta antipatriarcal, anticapitalista e antirracista da AMB e aponta como prioridade a luta pela legalização do aborto, a luta pelo fim da violência, a luta contra o racismo e a necessidade de aprofundarmos o significado de “cuidarmos de nós e do nosso movimento”, tantas vezes repetido.
  • A AMB participa do evento Lula Festival, organizado por mais de 20 movimentos, em Buenos Aires, para denunciar a injusta prisão do presidente Lula. O contundente discurso da representante da AMB tem uma enorme repercussão pela força da análise sobre a guinada fascista no Brasil. 
  • Em agosto, em Brasília, acontece o Festival Pela Vida das Mulheres – Nem Presa, Nem morta, paralelamente à audiência no Supremo Tribunal Federal, que discute a ADPF apresentada por diversos movimentos feministas, academia, juristas, partidos, associações de classe e grupos religiosos. Tanto a audiência, quanto o Festival mobilizam muitas organizações feministas e instituições democráticas envolvidas na causa. O debate do aborto ganha destaque, tanto na mídia alternativa, quanto na mídia convencional. A AMB Candanga está junto com outras organizações, liderando este processo do festival. Agrupamentos locais como o RN, PE, CE, PB, RJ, PA realizam atividades locais semelhantes ao festival, durante os meses de agosto e setembro. 
  • A AMB esteve atuante também nas manifestações da campanha do #EleNão, que acontecem em mais de 80 cidades brasileiras (em todas as capitais) e em mais de 10 países. Os atos mostram para o mundo a força do movimento feminista brasileiro, escancarando que a proposta de Bolsonaro é uma ameaça fascista à democracia e aos direitos conquistados.
  • Em dezembro a AMB participa do Fórum Feminista Contra o G20, em Buenos Aires (Argentina) e organiza, junto às mulheres da Região, o Tribunal Ético Popular Feminista Contra o Neoliberalismo, o Patriarcado e o Racismo. O Tribunal repercute nas ações da Cúpula dos povos contra o G20. Em parceria com a AFM acontece o lançamento da campanha “Nosso Corpo, Nosso Território”, seguido de um grande debate. As AMBistas se unem as/aos argentinas/os na Marcha dos Movimentos Sociais contra o G20, evento político que reúne os mandatários dos 20 países mais poderosos do mundo para planejar o lucro e mais lucro, aprofundando o capitalismo patriarcal e racista e buscando novas formas de dominação, como continuar com a divisão de classes.
  • Acontece o Encontro Nacional das Mulheres Negras, nos dias 7, 8 e 9 de dezembro, em Goiânia/GO, e a AMB está presente nas construções locais em alguns estados, de forma bastante orgânica, como em Pernambuco, Paraíba, Bahia, Amapá e Rio de Janeiro. A AMB também é convidada a estar nas mesas de debates do Encontro Estadual de PE, no encontro Estadual do Rio de Janeiro, no Encontro da Região Nordeste e também no Encontro Nacional das Mulheres Negras.
Tribunal de Ético Popular e Feminista Contra o Neoliberalismo, o Patriarcado e o Racismo na Argentina, 2018.

2017

  • A AMB inicia, já em janeiro, uma articulação com movimentos nacionais e internacionais para a mobilização do 8 de Março. Decide-se fazer esta articulação alinhada com os movimentos feministas da região. O processo organizativo do 8M, chamado de Parada das Mulheres Brasileiras, com muita incidência nas redes sociais, consegue se articular nacionalmente com pautas e lutas comuns, apesar da disputa com os movimentos mistos e as frentes de esquerda, e causar muita repercussão na nossa região e fora dela. Todos os agrupamentos, em parceria com outros movimentos nacionais, realizam ações coletivamente e aprovam uma identidade visual comum, o que deu muita visibilidade às ações;
  • Em agosto a AMB também compõe a coordenação dos movimentos sociais da Conferência Mundo de Mulheres/Fazendo Gênero, na cidade de Florianópolis/SC e participa da Tenda Feminista, de todos os espaços do Fórum dos Movimentos Sociais e também das conferências centrais do encontro. A AMB realiza ainda uma roda de conversa, com a participação de mulheres de várias partes do mundo, onde é feita uma avaliação de como foi o 8M em cada país e onde surgem propostas para os próximos passos desta movimentação articulada para o 8 de Março. A AMB decide, então, investir em futuras incidências, como a articulação e preparação para o 14º EFLAC, em Montevideo (Uruguai) e processo de construção do Foro Feminista contra a Organização Mundial do Comércio (OMC);
  • Em dezembro, em Buenos Aires (Argentina), acontece o Foro Feminista contra a OMC e a AMB participa fortemente da construção das atividades do Fórum, que culmina na Assembléia das Mulheres que, entre outras estratégias, reafirma a importância da articulação para a construção regional de um 8M em 2018.
Foro Feminista contra a OMC na Argentina, 2017.

2016

  • A AMB se mobiliza e segue nas ruas na luta por democracia, justiça e contra o golpe jurídico, midiático e político, desencadeado por setores inconformados com a vitória de Dilma nas urnas. Em alguns estados a AMB participa dos acampamentos pela Democracia;
  • Em março a AMB, mais uma vez, participa da IV Conferência Nacional de Políticas Públicas Para as Mulheres, a partir do acordo firmado na plenária de 2015 que, diante do cenário conflituoso e confuso no país, a presença da AMB nesta conferência seria estrategicamente voltada para a mobilização;
  • Em setembro a AMB decide se retirar do CNDM e não dialogar, tampouco reconhecer o novo governo, resultante de um golpe de estado. As importantes decisões são tomadas durante a III Plenária Nacional da AMB, que reúne 120 militantes de 18 estados.
3ª Plenária Nacional AMB no Recife/PE, 2016. Foto: Acervo AMB.

2015

  • A AMB realiza sua II Plenária Nacional, em Recife/PE, com expressiva participação de representantes dos agrupamentos estaduais e onde fica deliberada, entre outras prioridades para os agrupamentos, uma atuação forte na construção da Marcha das Margaridas, que ocorreria em agosto, em Brasília, e da Marcha das Mulheres Negras;
  • A AMB participa, em Salvador/BA, de uma reunião com a Rede de Mulheres Negras do Nordeste e companheiras militantes negras de outros estados, para construção coletiva de estratégias que ajudassem no fortalecimento da Marcha de Mulheres Negras;
  • Como apoiadora da Marcha das Mulheres Negras, a AMB marca presença no processo e durante a Marcha, que reúne 50 mil mulheres na capital federal;
  • Ao lado de centenas de outras organizações a AMB vai às ruas muitas vezes, ocupando as cidades brasileiras em defesa da democracia, da igualdade de gênero e raça e contra o impeachment da presidenta Dilma, numa onda nacional que ficou conhecida com a Primavera Feminista.
Marcha das Mulheres Negras em Brasília, 2015.

2014

  • O ano se inicia com investimento em oficinas estaduais preparatórias para a reunião ampliada do Comitê Político da AMB;
  • Em maio acontece a Reunião ampliada do Comitê Político da AMB, na cidade de Recife/PE. Com a presença de quase 70 militantes de 17 estados do Brasil, a AMB reafirma que é integrada por mulheres, por organizações feministas, por núcleos e coletivos e por movimentos de mulheres regionais, desde que assinem a Carta de Princípios e estejam integradas em alguma das lutas da AMB ou das coletivas de formação e comunicação. Nesta reunião histórica, a AMB abole o Comitê Político e substitui por Plenárias. Foram escolhidas 7 coordenadoras nacionais, que atuam por áreas;
  • De 27 a 30 de maio, em Macapá/AP, a AMB participa do Fórum Social Panamazônico, que marca mais uma edição da Casa Feminista, que reuniu mais de 40 mulheres de 8 estados do país. Lá acontece o terceiro encontro da Frente de Luta Pelo Fim do Racismo e a roda de diálogos entre as mulheres negras e mulheres indígenas. A AMB tem presença marcante em vários espaços do Fórum, com destaque para o Tribunal de Mulheres, que ouve, julga e denuncia os desmandos do projeto desenvolvimentista em curso;
  • Em julho, em Fortaleza/CE, a AMB marca presença na Cúpula dos Brics, com uma nova edição da Casa Feminista que abriga, desta vez, 115 militantes de 10 estados do Norte e Nordeste. A AMB tem presença forte na Cúpula, reafirmando seu feminismo antirracista e anticapitalista e, com o Instituto Equit, realiza o Fórum de Mulheres dos Países Brics, que culmina com uma declaração política assinada por várias articulações e movimentos; 
  • No Plebiscito da Reforma Política a AMB atua nos cursos de formação, nas plenárias nacionais e na coleta de assinaturas da coalizão. Na semana do plebiscito a AMB está nas ruas com muitas bancas de votação para publicizar a ação, que teve com quase 8 milhões de votos;
  • Neste ano são realizadas também oficinas regionais e nacionais pela legalização do aborto, com o objetivo de solidificar a presença das militantes nesta Frente de Luta;
  • Em setembro a Frente de Luta Pelo Fim do Racismo se reúne novamente e desta vez conta com a participação de militantes de 9 estados;
  • Em dezembro, acontece em Brasília a Primeira Plenária da AMB depois da mudança de nome e estratégia, que conta com a presença de 108 ativistas, de 14 estados do Brasil, empenhadas em consolidar uma prática por um feminismo autônomo e horizontal, que demarca o jeito de ser da AMB. Nesta primeira plenária é lançada a campanha de finanças, para contribuir com a sustentabilidade política e financeira da articulação. É lançada ainda a campanha de adesão da AMB.
Primeira Plenária da AMB em Brasília, 2014. Foto: Acervo AMB.

2013

  • AMB e a AFM participam mais uma vez do Fórum Social Mundial de Túnis (Tunísia).
  • Ao longo do ano há um investimento no debate com os agrupamentos locais, através de consultas e oficinas internas sobre a crise dos movimentos sociais e em particular a crise do nosso próprio movimento. Consolidando esse debate na reunião do Comitê Político, constata-se que a AMB não está em crise quanto ao seu projeto político, mas que precisa rever sua forma organizativa.
  • A AMB participa do Encontro Nacional do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), firmando ainda mais essa aliança.
Mulheres de diversos estados da AMB reunidas no Rio de Janeiro participam da Marcha das vadias, 2013.

2012

  • Neste ano a luta pelo fim da violência contra as mulheres é intensificada e, em fevereiro, a Lei Maria da Penha consegue conquistar sua constitucionalidade. Durante os últimos 3 anos, a AMB havia incidido de diversas formas, como realização de vídeos conferências, petições on-line, audiências públicas e da campanha “Mexeu com a LMP, mexeu com todas as mulheres”. Com a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre a Lei Maria da Penha, vários agrupamentos da AMB têm uma atuação fundamental nos estados por onde a caravana da Comissão Parlamentar passou, construindo os dossiês de denúncias e acompanhando as discussões;
  • A AMB participa do processo organizativo da Cúpula dos Povos – Rio +20, enquanto sociedade civil, e constrói, em parceria com mais de 20 redes mundiais, o Território Global das Mulheres, que durante 3 dias agita o Aterro do Flamengo com passeatas, mesas de debates, manifestos e a Assembleia das Mulheres, onde é aprovado um documento das feministas presentes, com suas posições sobre o tema. A AMB também incide nos espaços oficiais, especialmente durante a reunião dos presidentes. Durante o discurso da presidenta Dilma, as militantes da AMB levantam faixas como os dizeres: “Dilma, nossos direitos sexuais e reprodutivos não se negociam! Os Direitos das Mulheres são universais”;
  • É realizada a terceira edição da Casa Feminista para a Cúpula dos Povos, composta por mulheres brasileiras de quase todos os estados, latinas e mulheres dos países da África.
Ação na Cúpula dos Povos – Rio + 20 na cidade do Rio de Janeiro/RJ, 2012. Foto: Acervo AMB.

2011

  • AMB e AFM participam novamente do Fórum Social Mundial no Senegal e mesmo com poucas militantes conseguem realizar, em parceria com mulheres de outras redes mundiais, os Diálogos Feministas. A AMB contribui com a organização, inclusive coordenando a Assembleia das Mulheres, em parceria com as demais redes feministas;
  • Em abril acontece o II Encontro Nacional da AMB (ENAMB), em Brasília. A diversidade é marca do encontro, que reúne 700 mulheres, entre indígenas, quilombolas, do campo e da cidade, das águas e das florestas, acadêmicas, lésbicas, negras e brancas. Um encontro construído coletivamente, pela ação dos agrupamentos estaduais, que garante a presença de muitas, através das mobilizações de recursos financeiros nos estados. O espaço fortalece ainda mais a AMB e as parcerias com o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), o Fórum de Mulheres Negras Brasileiras, a AMNB e setores do movimento de mulheres indígenas. Também no ENAMB II é lançada a primeira versão da campanha Solte seus cabelos e prenda o Racismo;
  • Em novembro 22 estados participam da XIX Reunião Nacional do Comitê Político da AMB, em São Paulo, onde são traçadas as prioridades de lutas da articulação, a partir do que foi construído e debatido no ENAMB II. Lá é revisitada a Política Geral e o modo de funcionamento da AMB. Também nesta reunião é definida a nova Secretaria Executiva,  que migra do Nordeste para o Norte e fica sob a responsabilidade do Fórum de Mulheres da Amazônia Paraense, de Belém do Pará/PA. Também é lançado o caderno sistematizado do ENAMB II;
  • A AMB participa ativamente da preparação da Marcha das Margaridas. Em cerca de 14 estados do Brasil os agrupamentos se envolvem na preparação desta ação nacional, que conta com uma ala com cerca de 200 militantes da AMB;
  • Acontece a primeira edição dos Diálogos Interculturais Entre Mulheres Indígenas e Não Indígenas, onde são definidas estratégias para o fortalecimento desta aliança no Brasil. AMB ainda participa e organiza os diálogos interculturais na Colômbia, o que possibilita uma aliança mais larga com o movimento de mulheres indígenas latino americano;
  • Acontece o Seminário Nacional “As Mulheres na Democratização da Gestão Pública” com gestoras e ativistas da AMB, com foco no Plano Nacional de Políticas Públicas para as Mulheres. Aproveitando a presença de ativistas de 25 estados é lançada a publicação “Políticas Públicas Para a Igualdade – Balanço de 2003 a 2010, desafios para o presente”, que analisa, à luz da Plataforma Feminista, as políticas implementadas durante o Governo Lula;
  • A AMB participa do processo de construção da III Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, nas três esferas. A forte atuação da AMB garante a presença de 140 delegadas e 45 ativistas. Decide-se atuar dentro e fora do espaço da Conferência, com a construção de uma Tenda Feminista que se torna ponto de encontro dos movimentos. Durante a conferência é lançada a campanha “Solte seus cabelos e renda o Racismo”;
Fórum Social Mundial no Senegal, 2011.

2010

  • No Rio de Janeiro, em fevereiro, acontece a XVII Reunião Nacional do Comitê Político da AMB, aberto pelo seminário “Feminismo, Liberdade Sexual e a luta das Mulheres Lésbicas” e onde se lança o II ENAMB;
  • Nessa reunião também decide-se criar a Frente de Luta Contra a Lesbofobia, produzir um balanço dos 8 anos do Governo Lula e fazer uma ação nacional pelo fim da violência contra as mulheres negras;
  • Em novembro acontece a XVIII Reunião Nacional do Comitê Político da AMB. Neste momento é firmada uma parceria com a Associação Lésbica de Minas Gerais, que está realizando o Seminário Sobre Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, com o objetivo de aprofundar o debate sobre as questões das mulheres lésbicas e a questão, polêmica internamente, da prostituição. Também é lá que se constitui um comitê prévio ao ENAMB e começa a organização e mobilização para o encontro, além de momentos de debates sobre sustentabilidade;
  • Acontece a Oficina Nacional da Frente de Luta Pelo Fim do Racismo e da Frente de Luta Pelo Fim da Violência, para construção da campanha pelo fim da violência contra as mulheres negras;
  • Inspirada na experiência da Ruta Pacífica da Colômbia, a AMB realiza uma caravana que sai de Belém para Altamira, com o objetivo de apoiar as mulheres da região que estão sendo ameaçadas aos criticarem e resistirem contra a construção da Usina de Belo Monte. Para dar visibilidade às ameaças, organiza-se o Encontro das Mulheres de Altamira. Nesta atividade uma das participantes disse poeticamente em sua fala “As mulheres são como as águas, crescem quando se juntam”;
  • Em 28 de novembro, a AMB saiu em marcha pelas ruas da cidade de Santarém, onde teve início o V Fórum Social Panamazônico. Com participação de diversos países, como Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana Inglesa, Peru, Suriname e Venezuela, o encontro reuniu cerca de quatro mil pessoas, entre povos indígenas, movimentos, organizações sociais e pesquisadores.

2009

  • Em janeiro a AMB participa ativamente do Fórum Social Mundial em Belém/PA, sendo destaque no Território pelo fim da violência, pela legalização do aborto e pela justiça socioambiental. É apresentada a insígnia “Nosso corpo, Nosso território”;
  • Ainda no FSM, a AMB realiza a primeira Casa Feminista – espaço de convivência coletiva que reuniu cerca de 300 mulheres das cidades, do campo e das águas;
  • Acontece, em Curitiba, em fevereiro, a XIV Reunião Nacional do Comitê Político da AMB, cuja centralidade da discussão é a sustentabilidade do movimento e o debate sobre “Sexualidade e Prostituição” é norteador na reunião.
Fórum Social Mundial em Belém/PA, 2009.

2008

  • Em fevereiro a AMB participa ativamente da ação global “Outro Mundo É Possível” e realiza ações de rua com o lema da campanha: “Sua boca é fundamental contra o fundamentalismo”;
  • A AMB discute sua forma de organização através de consultas aos agrupamentos estaduais e revisa seu modo de funcionamento. É construída, então, a Política Geral da AMB, a Carta de Princípios e as Frentes de Lutas;
  • Em fevereiro, em Itaparica/BA, acontece a XII Reunião Nacional do Comitê Político da AMB, onde é aprovada a Carta de Princípios e a Política Geral da AMB. Lá também são definidas as Frentes de Luta prioritárias que serão levadas a cabo pelas militantes da AMB nos estados: Fim da violência, Legalização do Aborto, Reforma Política, Políticas Públicas para as Mulheres, Justiça Socioambiental, Seguridade e Previdência universal e Pelo Fim do Racismo;
  • São indicados para a Secretaria Executiva Nacional o Fórum de Mulheres do Ceará, (na sua primeira experiência assumindo Secretaria da AMB), Cunhã Coletivo Feminista/PB e o Coletivo Leila Diniz/RN, que já estava na composição anterior. O SOS Corpo faria a transição até 2009;
  • Em outubro, durante o Fórum Social Hemisférico na Guatemala, a AMB realiza, em parceria com outros movimentos da América Latina, o Tribunal das Mulheres, cujo o tema foi a Violência Contra as Mulheres;
  • Em novembro a AMB realiza um intercâmbio com a Ruta Pacífica das Mulheres na Colômbia, trocando experiências e pensando ações comuns de enfrentamento às diversas violações na fronteira entre os países.
Ações de rua na luta pela Legalização do aborto, 2008.

2007

  • Em fevereiro acontece a XI Reunião Nacional do Comitê Político Nacional da AMB, em Itapuã, Salvador/BA. Lá são apontadas prioridades de lutas à luz do painel construído sobre ações e estratégias no I ENAMB;
  • Nessa reunião decide-se realizar um processo de formação para as integrantes do Comitê Político da AMB sobre a questão da violência (2007 a 2009), tomando este problema como expressão e decorrência das relações sociais de dominação. A formação seria focada em 3 contextos: urbano, de grandes cidades; conflitos agudos decorrentes de projetos de desenvolvimento e contexto de violência difusa (comunidades tradicionais);
  • Em outubro a AMB, em aliança com outros movimentos de mulheres, realiza o Fórum Itinerante e Paralelo Sobre a Previdência Social (FIPS), que culmina em um acampamento em frente ao Ministério da Previdência Social, em Brasília;
  • A AMB participa dos Diálogos Feministas em Nairóbi, convocado pela AFM, que antecede o Fórum Social Mundial. Neste FSM a AMB realiza um diálogo com movimentos feministas da África do Sul e do Quênia sobre “Violência contra as mulheres – experiência da AMB no processo de formação”.
II Conferência de Políticas Públicas Para as Mulheres em Brasília, 2007.

2006

  • Em abril, em Itamaracá/PE, é realizada a X Reunião Nacional do Comitê Político da AMB. É na preparação desta reunião que a AMB institui a CONSULTA aos estados, com o objetivo de construir coletivamente seu modo de funcionamento, sua estrutura e a reafirmação da AMB como movimento nacional;
  • Em abril a AMB participa ativamente do II Fórum Social Brasileiro que aconteceu em Belo Horizonte/MG e constrói o Boletim de Orientação para as suas militantes. Neste Fórum a AMB lança o I Encontro Nacional da AMB (ENAMB);
  • Nesse comitê decide-se que a Coordenação Executiva Nacional será formada pelas coordenadoras das regiões e a AMB passa a ter um Comitê Político Nacional composto por uma representante de cada estado e uma suplência;
  • Para a construção do I ENAMB são criados 3 grupos de trabalho: sobre violência, lutas globais e uma comissão organizadora do encontro nacional. Uma consulta nacional é realizada para escolher o slogan e a arte para o Encontro Nacional da AMB. O lema escolhido foi “Transformando o mundo pelo feminismo”, uma utopia que segue como busca nas ações e movimentações da AMB;
  • O I ENAMB acontece na Universidade Católica de Goiânia/GO, com a participação de 500 mulheres de todas as partes do Brasil. É um espaço plural e diverso quanto às práticas e expressões políticas do feminismo;
  • Também em 2006 é sancionada, no dia 7 de agosto, a Lei Maria da Penha, que entra em vigor no dia 22 de outubro. A AMB, através dos seus agrupamentos estaduais, encampa a luta para a divulgação e efetivação da lei, principalmente no que se refere à implementação dos Juizados da Violência Doméstica e Familiar nos estados e municípios. A AMB realiza videoconferências e constitui um Grupo de Referência de Advogadas Feministas, parceiras, que se dispõem a tirar as dúvidas das militantes em relação ao conteúdo jurídico da lei.

2005

  • A AMB participa ativamente da organização do 10º Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe (EFLAC), com tema: Radicalização do Feminismo, Radicalização da Democracia – que acontece no Brasil, em junho, na cidade de Serra Negra, São Paulo;
  • Antes do 10º EFLAC acontece uma Reunião Extraordinária da AMB, em Brasília, com o objetivo de preparar sua participação no Encontro Feminista, discutir “A dinâmica do Orçamento Público na Promoção da Justiça Social” e avaliar o Plano de Políticas para as Mulheres;
  • A AMB integra o grupo de trabalho da Comissão Tripartite –  composta por membros do Governo Federal, da Sociedade Civil e do Congresso Nacional e coordenada pela Secretaria Especial de Políticas Públicas para Mulheres da Presidência da República (SPM/PR), instituída com o objetivo de discutir, elaborar e encaminhar proposta de revisão da legislação punitiva que trata da interrupção voluntária da gravidez, conforme a Portaria nº 4, de 6 de abril de 2005;
  • Em novembro a AMB apoia e participa da Marcha Zumbi +10, em Brasília.
  • A AMB integra o comitê político do Fórum Social Nordestino e atua na mobilização e organização do Fórum, que traz a consigna “Um outro Nordeste é possível”. Militantes de todos os estados do nordeste participam deste Fórum e neste espaço a AMB realiza uma oficina sobre feminismo popular;
  • A AMB, que integra o Comitê de Mulheres da Aliança Social Continental, atua na Cúpula dos Povos em Mar del Plata (Argentina), onde realiza, com outras redes da América Latina, o Tribunal das Mulheres ao Livre Comércio e os Testemunhos de Suas Resistências, posicionando-se fortemente contra a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA).

2004

  • A AMB passa a fazer parte das Jornadas Brasileiras pelo Aborto Legal e Seguro, espaço político integrados por várias redes e organizações feministas, com o intuído de construir estratégias conjuntas para popularizar o debate sobre o tema. As Jornadas constituíram grupos de trabalho e a AMB foi parte do GT Movimentos Sociais;
  • A AMB investe na preparação e mobilização nos estados para a participação;
  • das conferências municipais, estaduais e para a participação da I Conferência Nacional de Política pública para as Mulheres. A AMB define como estratégia atuar no processo de mobilização e formação das mulheres para a participação neste espaço decisório, tendo como parâmetro a Plataforma Política Feminista para a construção das nossas propostas para a Conferência;
  • A AMB decide fazer parte do CNDM – Conselho Nacional dos Direitos da Mulher;
  • A AMB integra a comissão organizadora nacional da CNPM e atua nas relatorias e coordenação de grupos durante a conferência nacional;
  • Para subsidiar as militantes da AMB, foram produzidos os Cadernos Articulando a luta feminista para as políticas pública para as mulheres;
  • Com o processo de monitoramento realizado pela AMB, em 2002 e 2003, este deu uma ótima base a mobilização massiva das militantes da AMB, em prol da aprovação do PL 4559/04, que originaria a Lei 11.340, batizada pelo presidente Lula, de Lei Maria da Penha. A AMB participou ativamente das audiências públicas e propomos mudanças no projeto, acerca dos artigos que avaliávamos não ajudar no combate à violência contra as mulheres;
  • IX Reunião Nacional do Comitê Político da AMB em novembro – Brasília. Nesta reunião se elegeu a sexta Secretaria Executiva com novo formato: Coletivo Leila Diniz e SOS Corpo (composto por duas secretárias do SOS Corpo e uma do Coletivo Leila Diniz).

2003

  • Em abril acontece, em Brasília, a VIII Reunião Nacional do Comitê Político da AMB.  A reunião começa com o Seminário Nacional “O desafio feminista de monitorar a cidadania das mulheres”. Após o Seminário, a AMB decide continuar realizando o monitoramento das políticas de enfrentamento à violência contra as mulheres com um caráter político e não técnico;
  • O monitoramento é realizado durante o ano de 2003, coordenado pelos fóruns, articulações e redes estaduais dos movimentos de mulheres que mantêm assento no Comitê Político da AMB, e se desenvolve de forma diferenciada e descentralizada nos 25 estados e no Distrito Federal. O monitoramento é encerrado em 2004;
  • A AMB investe na preparação e mobilização nos estados para a incidência nas conferências municipais, estaduais e para a participação na I Conferência Nacional de Políticas Públicas Para as Mulheres. A AMB define como estratégia atuar no processo de mobilização e formação das suas integrantes, tendo como parâmetro a Plataforma Política Feminista, para a construção de propostas para a Conferência;
  • A AMB decide fazer parte do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM);
  • A AMB integra a comissão organizadora nacional da Conferência Nacional de Políticas Para as Mulheres e atua nas relatorias e na coordenação de grupos durante o evento;
  • São produzidos os cadernos Articulando a Luta Feminista Para as Políticas Públicas Para as Mulheres, para subsidiar as militantes da AMB;
  • Militantes da AMB se mobilizam intensamente pela aprovação do Projeto de Lei 4559/04, que mais tarde viraria a Lei 11.340, batizada pelo presidente Lula como Lei Maria da Penha. Subsidiadas e inspiradas pelo processo de monitoramento, realizado em 2002 e 2003, as militantes da AMB participam ativamente das audiências públicas e propõem mudanças no projeto, acerca dos artigos que, nas reflexões e avaliações internas, não ajudariam no combate à violência contra as mulheres;
  • Em novembro, em Brasília, acontece a IX Reunião Nacional do Comitê Político da AMB, onde se escolhe a sexta Secretaria Executiva com novo formato: Coletivo Leila Diniz e SOS Corpo – com duas secretárias do SOS Corpo e uma do Coletivo Leila Diniz/RN.

2002

  • Em junho, em Brasília, 200 mil mulheres de todas as regiões do Brasil participam da I Conferência Nacional das Mulheres Brasileiras, ao lado de 10 organizações feministas e sem a presença governamental. Lá é discutida e aprovada a Plataforma Política Feminista;
  • Após a Conferência, ainda em junho e também em Brasília, acontece a VII Reunião Nacional do Comitê Político da AMB, onde é escolhida a quinta Secretaria Executiva da AMB, que passa a ser sediada no SOS Corpo (Recife/PE). Após a ideia ser aprovada na reunião, a AMB passa a ter, além da secretária executiva, uma secretária adjunta: ambas militantes feministas integrantes do SOS Corpo;
  • AMB e AFM participam ativamente do segundo Fórum Social Mundial, quando é lançada a campanha “Sua boca é fundamental contra o fundamentalismo”. Neste fórum também acontece a Tenda Fêmea: Espaço utilizado por diversos movimentos de mulheres para realização de oficinas, apresentações de teatro, sarau de poesias e reuniões;
  • AMB, AFM e outras redes internacionais realizam uma reunião estratégica com feministas de várias partes do mundo, onde é  gestada a ideia de dar visibilidade às propostas das mulheres, até então secundarizadas nos FSM. Daí começam a ser realizados os Diálogos Feministas em quase todas as edições do Fórum;
  • Em março, a AMB realiza, em parceria com as organizações que integram a Iniciativa de Gênero, a Jornada Feminista pela Justiça de Gênero do Desenvolvimento, em um acampamento paralelo à 43ª reunião anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID);
  • A AMB lança a publicação “Jornada feminista pela justiça de gênero e desenvolvimento” que sistematiza os debates realizados durante o evento;
  • Inicia-se nos estados o monitoramento de políticas de enfrentamento à violência contra as mulheres;
  • Reunião das regionais da AMB com a Secretaria Executiva.
Manifestação na I Conferência Nacional das Mulheres Brasileiras em Brasília, 2002.
Fotos: Cláudia Ferreira | Acervo Mulheres e Movimento/CACES.

2001

  • São realizados encontros e oficinas em todos os agrupamentos estaduais da AMB para elaborar documentos locais que vão contribuir com a construção da  Plataforma Política Feminista;
  • A AMB participa do primeiro Fórum Social Mundial (FSM), em Porto Alegre/RS;
  • A AMB se articula com o movimento de mulheres negras, que está criando a  Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), e participa ativamente do processo preparatório para a Conferência de Durban;
  • A AMB funda, com outras organizações feministas, a Articulação Feminista Marcorsul (AFM);
  • Em novembro acontece a VI Reunião Nacional do Comitê Político da AMB, na cidade de Aracaju/SE, onde se decide fazer um monitoramento nacional da situação da violência contra as mulheres. Nesta reunião acontece um painel com o tema “Direitos Sexuais: Feminismo e Lesbianismo: Uma relação perigosa!”;
  • Também na reunião de Aracaju a AMB, em parceria com a Iniciativa de Gênero, CFEMEA e SOS Corpo, lança o livro ”Ajuste estrutural, pobreza e desigualdade de gênero” – caderno de reflexão feminista como subsídio para formação de como monitorar os programas de desenvolvimento a partir da perspectiva feminista;
  • A AMB participa da construção da campanha “Onde você guarda seu racismo”, em parceria com o IBASE, Geledés, Criola e outras organizações e movimentos;
  • A AMB, através dos Fóruns Estaduais de Mulheres da Região Nordeste integra a Iniciativa de Gênero (iniciativa com outras organizações feministas e mistas, como a Rede Brasil, ESPLAR (CE), IBIS (MT), CHAME (BA), entre outras, que faz o monitoramento dos programas de desenvolvimento numa perspectiva feminista – no caso do FMRN, o monitoramento foi do Programa de Desenvolvimento do Turismo (PRODETUR).

2000

  • Acontece a V Reunião Nacional do Comitê Político da AMB ampliada, em João Pessoa/PB, pós Encontro Nacional Feminista. Nessa reunião é aprovada a ideia de construir a Conferência Nacional de Mulheres Brasileiras. As militantes saem da reunião imbuídas e desafiadas para esta construção;
  • O enfrentamento ao racismo é definido como prioridade da luta feminista, apoiando a agenda das organizações das mulheres negras para o processo preparatório da Conferência Mundial Contra o Racismo, que aconteceria na cidade sul-africana Durban, em 2001;
  • A AMB se mobilizou para participar da Conferência Beijing +5, em Nova Iorque, em que os países integrantes da ONU fizeram um balanço da implementação da Plataforma de Ação Mundial aprovada na IV Conferência Mundial sobre a Mulher. Nesta oportunidade, a Articulação de Mulheres Brasileiras elaborou seu próprio documento de balanço a respeito das políticas nacionais para a igualdade de direitos e equidade de gênero, desenvolvidas pelos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário federal, à luz da Plataforma de Beijing (ou Pequim).
Balanço Nacional das Políticas Públicas.
Foto: Acervo Redeh/AMB.

1999

  • Em Janeiro acontece a IV Reunião Nacional da AMB, na cidade de Natal/RN, com a presença de 2 a 3 representantes de quase todos estados brasileiros. A reunião começa com um Seminário sobre o monitoramento dos temas escolhidos como prioridades e segue com uma avaliação do processo e discussão sobre a continuidade ou não da AMB. Algumas decisões importantes são tomadas: 1.  Continuidade como Articulação de Mulheres Brasileiras, não mais para monitorar a plataforma de Beijing, mas para atuar nas lutas que os movimentos estavam envolvidos; 2. Que a AMB se organiza não só com uma Secretaria Executiva, mas também com uma Coordenação, dividida por regionais: Regional Nordeste 1 ( CE, PI, MA); Regional Nordeste 2 ( RN, PB, PE); Regional Nordeste 3 (AL, SE, BA); Regional Norte 1 ( RO, AM, TO); Regional Norte 2 (PA, AP, AC); Regional Sudeste (RJ, SP, MG); Regional Sul (PR,SC,RS) e Regional Centro Oeste (BSB, MS, TO, MT). Além disso, cada estado passa a ter uma militante compondo o Comitê Político Nacional; 3. Escolha da quarta Secretaria Executiva da AMB, que passa a ser conduzida pelo CFEMEA/BSB;
  • É lançado um processo nacional de avaliação a implementação da Plataforma de Beijing, assim como outras Declarações Internacionais das quais o Brasil é signatário, e a AMB produz a publicação Balanço Nacional das Políticas Públicas;
  • A comunicação da AMB passa a produzir um boletim impresso, o Articulando, que é distribuído como encarte do jornal Fêmea;
  • Uma grande efervescência se espalha no movimento feminista brasileiro, com a organização do Encontro Nacional Feminista, que seria realizado na Paraíba, em abril de 2000 e a articulação nacional da Marcha Mundial de Mulheres, que ocorreria em outubro de 2000. Militantes de vários Fóruns de Mulheres nos estados se envolvem na construção da Marcha, enquanto o Fórum de Mulheres da Paraíba e demais organizações feministas paraibanas se voltam para construir o Encontro Nacional Feminista.

1998

  • Depois da reunião paralela no 12° ENF, onde as mulheres que se identificam com a AMB demonstram vontade política de continuar construindo a articulação, é preciso agir. Embora a Secretaria Executiva estivesse, no momento, sistematizando o documento de conclusão do monitoramento, realizado por vários estados à luz da plataforma de ação aprovada em Beijing, era visível sua fragilidade e falta de recursos, já que não havia financiamento e todo o trabalho era voluntário. Resolve-se, então, chamar uma Reunião Nacional para decidir como e se esta articulação seguirá;
  • No Rio de Janeiro acontece a Reunião Nacional da AMB que, por ser autogestionada, não conta com muitas participantes. Apenas 3 estados estavam presentes, num total de 5 representantes: 2 do Fórum de Mulheres do Rio Grande do Norte, 1 do Fórum de Mulheres de Goiás (Transas do Corpo) e 2 da Articulação de Mulheres do Rio de Janeiro. Nessa reunião, que acontece na sede da REDEH, fica estabelecido este grupo como Comitê Impulsor, para organizar, fazer projetos e articular uma Reunião Nacional para fechar o ciclo do monitoramento da Plataforma de Beijing. 

1997

  • No mês de abril, em Camaragibe/PE, acontece a Reunião Nacional da AMB, momento de planejamento e avaliação da plataforma das ações nos estados e escolha da nova Secretaria Executiva da AMB. Nesta reunião decide-se ajudar a impulsionar, com outras organizações e movimentos, o 12° Encontro Nacional Feminista (ENF), que estava sendo construído pelas mulheres da Bahia;
  • A terceira Secretaria Executiva da AMB é escolhida nessa reunião e passa a ser composta pelo grupo Transas do Corpo (Goiânia/GO);
  • Em outubro, em Salvador/BA, a AMB participa do 12º Encontro Nacional Feminista, dando suporte em sua organização. Apesar dos movimentos de mulheres ligados à AMB estarem realizando atividades nos estados, nacionalmente havia certa desarticulação. Durante o encontro, uma reunião com cerca de 300 mulheres é realizada para avaliar o contexto, promover o reconhecimento entre as integrantes e buscar estratégias para que a AMB continuasse articulando os movimentos locais com ações nacionais.

1996

  • Em abril, em Brasília, acontece o Encontro Nacional de avaliação do processo de Beijing. O Encontro autogestionado, conta com a presença de representantes de 20 estados brasileiros e marca a avaliação do processo de mobilização e da presença da AMB na IV Conferência. Neste momento se discute o encerramento dessa articulação – como previsto desde sua fundação. Nesta avaliação são tomadas as seguintes decisões: 1. Continuidade dessa articulação, que passa a ser chamada de Articulação de Mulheres Brasileiras para Implementação da Plataforma de Beijing; 2. Monitoramento nacional de cinco eixos da plataforma (Violência; Poder; Trabalho; Saúde e Educação); 3. Escolha da segunda Secretaria Executiva da AMB, que fica sob responsabilidade da organização feminista CURUMIM (Recife/PE);
  • Ao longo do ano acontecem encontros, reuniões autogestionadas de cada um dos eixos escolhidos pela Plataforma, visando a construção da metodologia do monitoramento e plataforma de ações no estados.

1995

  • A AMB passa a fazer parte da Coordenação Regional de ONGS da América Latina e Caribe, espaço de articulação política para a IV Conferência Mundial Sobre a Mulher;
  • Em junho, no Rio de Janeiro, acontece a Conferência Nacional de Mulheres Rumo a Beijing, com a presença de 700 ativistas, representantes de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal;
  • Em setembro, 300 brasileiras participam da NGO Fórum, na cidade de Houairu, na China, paralelamente à Conferência Mundial da Mulher, que acontecia em Beijing. A AMB compõe a coordenação da Tenda da América Latina e tem uma representante (delegada) na Conferência Oficial.
Mesa de abertura da conferência de Mulheres Brasileiras ruma à Beijing, Rio de Janeiro 1995.
Foto: Cláudia Ferreira | Acervo Mulheres e Movimento/CACES.

1994

  • Feministas de 14 estados se encontram no Rio de Janeiro para discutir sua movimentação no processo da IV Conferência Mundial das Nações Unidas Sobre as Mulheres, que aconteceria em Beijing, na China, em 1995;
  • Desse encontro nasce a Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB) rumo a Beijing – estratégia para articular nacionalmente os movimentos de mulheres no contexto da  IV Conferência Mundial das Nações Unidas Sobre as Mulheres;
  • É criada a primeira Secretaria Executiva da AMB, com 7 organizações na Coordenação, composta por 4 mulheres negras e 3 mulheres brancas, que conduz todo o processo da preparação nacional para participação na IV Conferência Mundial das Nações Unidas Sobre as Mulheres .