FOSPA 2022: Programação Feminista

A programação feminista do Fórum Social Mundial Pan-Amazônico – FOSPA foi construida coletivamente pela AMB, e diversos coletivos e movimentos da região, assim como organizações e companheiras feministas.

A programação conta com a “Casa da Resistência das Mulheres”, que estará com atividades de dia 28 à 30 de julho, um espaço político-afetivo de debates, acolhimento, celebração e encontro. Local para importantes discussões e articulações no sentido na construção de uma Amazônia livre da exploração do colonialismo, do patriarcado, do racismo, do capitalismo e do extrativismo!

Também será realizado o Tribunal de Justiça e Defesa dos Direitos das Mulheres Panamazônicas e Andinas, um espaço de denuncia das opressões, explorações e violações de direitos das mulheres e seus territórios com o objetivo de visibilizar os casos, ampliar as vozes e as alianças das lutas por direitos.

O FOSPA será realizado na Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém, entre os dias 28 e 31 de julho de 2022.

Casa da Resistência das Mulheres

Painel 1 – Dia 29, 8h30, no Auditório setorial Básico 1 – Tema “Resistências feministas Panamazônicas e Antissistêmicas na luta contra o patriarcado capitalista racista colonial – Reflorestando as mentes e as vidas”.

Esse painel está composto pela diversidade das mulheres nas suas resistências, representadas pelas ativistas Maria Divina Lopes, representante do MST; Zuly Rivera, da Colômbia; Wilma Mendoza, da Confederación Nacional de Mujeres Indígenas de Bolivia (CNAMIB), Maria Albenize Farias Malcher, do CEDENPA/AMNB e Marisol García Apagüeño, do Peru. A mediação será da ativista Domingas Caldas, representando as entidades GMB/FMAP/AMB, e a relatoria de Sandra Brandão, do FMAP/AMB e Maria Eugência Carrizo, da REPAM/Bolivia.

Painel 2 – Dia 29, 10h15, no Auditório setorial Básico 1 – Tema “Mulheres e Democracia: a que temos e a democracia que queremos”.

Esse painel vai se dedicar às seguintes perguntas: qual a democracia que queremos? O que temos nesse momento e o que queremos? A comissão organizadora do painel entende que estamos num momento efervescente na América Latina, com gestões progressistas no vizinhos Chile e Colômbia, e nesse sentido o painel pretende se aprofundar na análise do cenário político atual frente aos temas propostos. 

A mesa está composta pelas companheiras Masra, da AMB; Elvira Garcés, da Colômbia; Cecilia Olea, do Peru; e Naiara Leite, do Instituto Odara/AMNB. A mediação será de Nelita Frank, do NUMUR/AMB; e a relatoria de Elisangela Pinto, do MMNEPA/AMB/Brasil e Cecilia Olea, do Movimento Flora Tristan/Peru.

Painel 3 – Dia 29, 16h30, no Auditório setorial Básico 1 – Tema “Conflito Capital x Vida (Trabalho e Cuidado)”.

Nesse encontro, as participantes vão discutir o impacto da vida das mulheres no trabalho e no cuidado, e também a questão da seguridade das mulheres e do comércio internacional. A mesa será composta pela jornalista Eliane Brum; as ativistas Paulina Noza, da Bolívia; Diana Cuayal, da Colômbia; Verônica Ferreira, do SOS/AMB e Elisa Strombel, representante do MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens. A mediação será da professora e ativista Eunice Guedes, do FMAP/AMB, e a relatoria das participantes Izabela Santos, da Coalizão Negra por Direitos e Lucia Barbosa, da Colômbia.

Painel 4 – Dia 30, 8h30, no Auditório setorial Básico 1 – Tema “Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos – Nossa luta contra o fundamentalismo e por justiça reprodutiva”.

O presente painel vai debater a luta pela discriminalização do aborto, entre outros temas afins, e contará com a presença das ativistas Elisa Anibal, da AMB; Lilian Celiberti, do Cotidiano Mujer do Uruguai e Maria das Dores Almeida, representante do IMENA/Rede Fulanas/AMNB. O encontro será mediado por Rivane Arantes, do SOS/AMB.

Painel 5 – Dia 30, 10h15, no Auditório setorial Básico 1 – Tema “Identidade de gênero e orientação afetiva/sexual frente ao patriarcado, aos fundamentalismos, fascismo”.

Esse painel está construído pelas ativistas Joriana Freitas Pontes, da AMB; Gaella Cari, da FEMUCARINAP, Peru; Dandara Rudson, do Coletivo LesBITrans e Alane Reis, do Instituto Odara/AMNB. A mesa será mediada por Mariela SOBRENOME, do Peru, e a relatoria será das ativistas Rayra Brandão de Lima, do FMAP/AMB e Wilma Mendoza, da Confederación Nacional de Mujeres Indígenas de Bolivia (CNAMIB).

No dia 30, às 17h, haverá o lançamento da Marcha das Margaridas, a ser realizada em agosto de 2023. Várias companheiras, parceiras da CONTAG, vão participar desta já tradicional Marcha das mulheres brasileiras, em particular as camponesas.

Confira também Programação Completa: