A Casa de Resistência das Mulheres, atividade do X Fórum Social Panamazônico (FOSPA), dá prosseguimento à sua programação desta sexta-feira, 29, com o painel “Conflito Capital x Vida (Trabalho e Cuidado)”, com a participação das ativistas Paulina Noza, da Bolívia; Diana Cuayal, da Colômbia; Verônica Ferreira, do SOS/AMB/Brasil e Elisa Strombel, do MAB/Brasil.

Verônica Ferreira, da Articulação de Mulheres Brasileiras, diz que estamos enfrentando, nesse atual momento, a ferocidade do capitalismo patriarcal e colonial em diferentes frentes. “Essa voracidade se intensifica porque o sistema passa por uma crise, que se reverte em ameaça contra as mulheres. Mas a crise do sistema não é o último suspiro, pelo contrário, é uma recuperação de fôlego, e ela vez com tudo contra nós. Por isso, temos que defender a água e a floresta, e a Panamazônia é uma condição para nossa existência”, completa.

Paulina Noza, liderança indígena da Bolívia, conta que foi muito importante escutar diferentes vozes de suas irmãs mulheres oriundas de diversos territórios, e dispara: “é a mesma luta que nós travamos no território boliviano, e com a união de todos os países latinos que compõem a latinoamérica, penso que podemos alcançar nosso objetivo, as inquietudes que temos, que é ter nosso território são e salvo, nossas Amazônias. E que nós possamos seguir assim, todas unidas”, finaliza.

A mediação ficou por conta da professora e ativista Eunice Guedes, FMAP/AMB-Brasil; e a relatoria com Izabela Santos, da Coalizão Negra por Direitos/Brasil.

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A Rádio ZAP AMB com o balanço dos painéis no primeiro dia de atividades na Casa da Resistência Feminista: