Conferência Popular é realizada em São Paulo por direito à cidade e justiça social

De 3 à 5 de junho aconteceu em São Paulo a Conferência Popular de Direito à Cidade com cerca de 600 participantes de 26 estados;

Abertura da Conferência. Foto: Junior Lima/Vinícius Braga.

Neste final de semana, entre os dias 3 à 5 de junho, aconteceu na capital paulista a Conferência Popular de Direito à Cidade com a participação de mais de 100 organizações, movimentos populares e entidades. Dentre eles a Articulação de Mulheres Brasileiras, presente com uma delegação com cerca de quinze militantes vindas de diversas regiões. Estas destacaram em sua faixa principal a necessidade de lutar por cidades seguras para as mulheres: “Queremos cidades seguras, com moradia dignas e sem violência contra as mulheres”.

Ato Público pelo Direito à Cidade no ato público, no Largo do Paissandu em São Paulo. Foto: Acervo AMB.

Após um período de 10 meses de intensa articulação nos territórios, com construção e realização de mais de 200 eventos preparatórios por todo o Brasil, a Conferência teve sua culminância neste final de semana, em São Paulo: “Abrimos a programação que vai debater a plataforma de luta desenvolvida ao longo do processo e consolidar as propostas”, declarou o perfil da Conferência, na Faculdade de Direito da USP, durante abertura do encontro na sexta-feira (03).

Ainda na sexta foi realizado um ato público, no Largo do Paissandu, que pautou a luta por direito à cidade, justiça social e a defesa de um projeto de reforma urbana popular. Na programação também ocorreram 16 oficinas espalhadas pela cidade, durante o sábado, e uma plenária de encerramento no domingo.  

A conferência é uma construção coletiva da sociedade civil organizada, movimentos populares, organizações não-governamentais, entidades de classe, movimento sindical, grupos de pesquisa e extensão universitários, coletivos de arte, cultura e defesa do meio ambiente. Ela está comprometida com a construção de uma plataforma de lutas nacional unitária pelo direito à cidade, com participação popular, e que tenha no centro de sua incidência sujeitos sociais historicamente invisibilizados, como mulheres, negros, indígenas, jovens, LGBTs.