No final de maio, o presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira, numa agilidade incomum, tramitou as ações assinadas pelo presidente do Partido Liberal (PL) contra as deputadas federais do PSOL Célia Xakriabá, Fernanda Melchionna, Sâmia Bomfim e Talíria Petrone; e do PT Juliana Cardoso e Erika Kokay. A acusação é de quebra de decoro por terem chamado de ‘assassinos’ e ‘genocidas’ os deputados que votaram a favor do marco temporal. Enquanto isso, parlamentares que estiveram envolvidos nos atos golpistas do 8 de janeiro sequer foram encaminhados à Comissão.

São diversas as violências políticas de gênero, raça e etnia por que tem passado as deputadas nesse espaço e agora se revela nesta tentativa de intimidação e silenciamento. Mais um ataque brutal à democracia e as mulheres na política.

As parlamentares tem sido fundamentais no combate aos discursos golpistas, conservadoras, fundamentalistas, proferidos por diversos deputados nas comissões de trabalho da câmara e nas votações. Elas vêm denunciando e trazendo à tona a sujeirada que as bancadas do boi, da bala e da bíblia tentam esconder do povo.

Ao lado das parlamentares eleitas legitimamente pela população, manifestamos nossa irrestrita solidariedade e apoio em defesa de seus mandatos, não podemos permitir que estas sejam perseguidas e interrompidas porque lutam por nossos direitos.

Basta de violência política de raça e gênero! NÃO à cassação das deputadas! Vamos proteger quem defende nossos direitos! #ElasFicam

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