Publicação conta a história dos 25 anos da Articulação de Mulheres Brasileiras na luta feminista no Brasil
Livro foi lançado em live de celebração do Sarau Feminista Antirracista realizado no dia 12
No último sábado (12), durante a realização do Sarau Feminista Antirracista, a Articulação de Mulheres Brasileiras lançou a publicação “AMB – 25 anos transformando o mundo pelo feminismo”, resultado da construção coletiva de diversas integrantes e que conta a trajetória do movimento desde as suas origens, em 1994 na preparação para ida à IV Conferência sobre a Mulher, Desenvolvimento e Paz, que aconteceu em Beijing, na China, em 1995. No livro, disponível gratuitamente na internet, é possível conhecer sobre a organização, as ações, as estratégias, as coletivas de luta, a incidência, nos espaços políticos, como o Fórum Social Mundial, manifestações do #EleNão, na luta por políticas públicas e pela defesa dos direitos das mulheres. Por meio dos textos e de muitas imagens, a história da AMB vai sendo contada junto com as transformações sociais vivenciadas nessas últimas décadas e que impactaram, sobretudo, na vida das mulheres.
“A memória feminista tem que ser preservada e escrita por nós e precisa ser, cada vez mais, colocada à disposição da sociedade brasileira”, pontua Schuma Schumaher, uma das militantes que esteve durante todo o processo de construção do movimento. Como parte da memória, também pode ser acessado pelo canal da AMB no Youtube o vídeo do Sarau, que durou 2h30, em que pôde ser vista a diversidade étnica, racial, regional e geracional do movimento. A live foi marcada por poesia, música, pela participação das integrantes atuais distribuídas em 19 estados, das primeiras coordenadoras, de parceiras de movimentos, organizações brasileiras e de outros países latino-americanos. A ideia era que fosse um momento de leveza e de artivismo, que é a forma de se fazer política com arte, algo muito característico das AMBistas.
Como um movimento que se coloca contra qualquer forma de discriminação, a AMB está na luta em defesa da democracia, contra o genocídio da população negra e dos povos indígenas e no enfrentamento a uma sociedade racista, patriarcal, capitalista, fascista, lesbofóbica, sexista e fundamentalista. Seus posicionamentos podem ser conferidos na declaração política dos 25 anos lida durante o Sarau e disponível aqui: