NOTA de Solidariedade a Alessandra Munduruku

Em 13/11/2021, Alessandra Korapp, liderança indígena do povo Munduruku teve sua residência, em Santarém/PA, arrombada e materiais relacionados a sua atuação política furtados. A situação acontece menos de uma semana depois que Alessandra voltar da Conferência Mundial do Clima (COP 26), junto com a delegação da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e fazer uma série de denúncias sobre o garimpo em terras indígenas e a avanço o agronegócio na região do Médio Tápajos. 

Em 2019, Alessandra já havia tido sua casa invadida após denunciar a atuação de ruralistas no Congresso Nacional. Acompanhada pelo programa estadual de defensoras e defensores de direitos humanos do Pará, Alessandra teve o cartão de memória das câmeras de segurança instaladas na sua casa furtado, junto com outros documentos relacionados a sua atuação enquanto representante do povo Munduruku.

 Na Amazônia e em particular no Pará vários territórios e os povos que os habitam estão sendo ameaçados por projetos do  agronegócio,  de mineradoras, consórcios da soja, que são grandes projetos em sua maioria filiais de empresas transnacionais. Temos por outro lado fragilidade nas leis ambientais e o não monitoramento da aplicabilidade da legislação vigente e a inoperância ou concluio explícito do Estado brasileiro com esses setores empresariais. 

Essa situação foi denunciada por Alessandra na COP26 o que com certeza desagradou esses  setores empresariais e setores governamentais que os apoiam.

Nós, da Articulação de Mulheres Brasileiras, nos solidarizamos com Alessandra Korrap, sua família e com várias   companheiras indígenas que estão sofrendo ameaças na sua volta da COP 26,  como Sônia Guajajara,  Txai Surui e outras lideranças indígenas que fazem o enfrentamento em seus territórios denunciando as violações dos povos originários e que passam por ameaças e intimidações em razão de sua luta como está acontecendo agora com Alessandra e outras mulheres  indígenas.

Exigimos  apuração rigorosa por parte do governo local e estadual frente a mais essas ameaça e intimidações contra lideranças indígenas.

Vidas e lutas índigenas Importam!
Mexeu com Uma, Mexeu com Todas!

Articulação de Mulheres Brasileiras- AMB
AMB Candanga
AMB Goiás
AMB Lagos
AMB Mato Grosso do Sul
AMB Paraíba
AMB Rio
AMB SP Capital
AMB SP Bauru
AMB SP Barretos
AMB SP Jaú
AMB SP Mauá
AMB SP Osasco
AMB SP Santo André
AMB SP Votuporanga
AMB Tocantins
Articulação de Mulheres do Amapá – AMA
Articulação de Mulheres do Amazonas – AMA
Articulação de Mulheres do Piauí-AMPI
Caliandra – Coletivo de Mulheres do Cerrado
Coletivo de Mulheres do Calafate – CMC
Coletivo de Mulheres do Xingu (Altamira)
Coletivo Fuxiqueires – LBTP Crateús
Coletivo Leila Diniz
Coletivo Alumiá
Coletivo Motim Feminista
Fórum Cearence de Mulheres – FCM
Fórum de Mulheres da Amazônia Paraense – FMAP
Fórum de Mulheres de Pernambuco – FMPE
Fórum de Mulheres do Espírito Santo – FOMES
Fórum de Mulheres Imperatriz
Fórum de Mulheres Lauro de Freitas
Fórum Estadual de Mulheres Piauiense
Fórum Permanente das Mulheres de Manaus – FPMM
Grupo Afirmativo de Mulheres Independentes – GAMI/RN
Grupo de Mulheres Brasileiras – GMB Belém
Movimento Ibiapabano de Mulheres – MIM
Núcleo de Mulheres de Roraima – NUMUR

Apoiam:

– Associação de Povos Indígenas Estudantes da UFPA- APYEUFPA

– Coletivo Raízes do Baobá Bauru

– Coletivo Raízes do Baobá Jaú

– Rede de Desenvolvimento Humano – REDEH

– Promotoras Legais Populares de Diadema

– Coletiva Primavera Feminista de São Paulo

– Promotoras Legais Populares de São Paulo

– Promotoras Legais Populares Núcleo Abayomi Jaú-SP

– Fórum dos Ambulantes de São Paulo

– Frente Regional de Mulheres do ABCDMRR – SP

– União de Mulheres de São Paulo

– Coletivo de Mulheres da CUT

– Movimento de Mulheres do PT – MPT