Nota de solidariedade a Alessandra Munduruku
A líder indígena Alessandra Korap Munduruku está passando por uma onda de ataques sistemáticos em evidente represália à sua atuação em defesa das terras indígenas e florestas e rios da Amazônia. Na última semana, as redes sociais de Alessandra foram sucessivamente invadidas e sua conta de WhatsApp foi clonada; nos dois casos, os perfis da liderança têm sido usados para disparar mensagens de ódio e difamação, além de ameaças e tentativas de intimidação aos seus amigos e familiares, e de humilhar e desmoralizar Alessandra.
Alessandra é presidente da Associação Indígena Pariri, que representa as 11 aldeias Munduruku no médio rio Tapajós, e vice-coordenadora da Federação dos Povos Indígenas do Pará (FEPIPA). Ela tem sido, na última década, uma das vozes do seu povo na tenaz luta pela demarcação e proteção de terras indígenas e na resistência ao avanço do extrativismo predatório nesses territórios e de projetos de infraestrutura, logística e geração de energia, que ameaçam as populações de toda a bacia do Tapajós. Por conta de sua luta incansável na defesa dos direitos dos povos indígenas — e do histórico de ameaças e violências que tem sofrido (como os dois episódios de invasão à sua casa, em 2019 e 2021) —, hoje Alessandra é uma liderança ameaçada incluída no programa de Proteção a Defensores e Defensoras de Direitos Humanos do Estado do Pará.
Alessandra Korap Munduruku é uma mulher, mãe, lutadora pelos direitos indígenas, digna de admiração e respeito por defender a vida, natureza e os povos da floresta. Sua luta é fundamental para a saúde de todo o planeta, e por isso a sua segurança e integridade diz respeito a todos nós.
Assim, repudiamos qualquer forma de ataque e desmoralização de sua pessoa, e exigimos que as autoridades tomem as devidas providências.
Assinam:
CPT Regional Pará
Associação Indígena Pariri
Teia documenta audiovisual
Associação Floresta Protegida – Mebengokre/ Kayapó
Instituto Paiakan
Fórum da Amazônia Oriental – FAOR
Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil
INESC Instituto de estudos socioeconômicos
Movimento Nacional de Direitos Humanos – MNDH Brasil
Central de Movimentos Populares
Instituto Kabu
Instituto Raoni
Mandato da Deputada Federal Vivi Reis (PSOL/PA)
Greenpeace Brasil
Terra de Direitos
Grupo Carta de Belém
CPT ANAPU
Coletivo de Mulheres Negras Zélias-MTA
Amazon Watch
Conselho Indigenista Missionário Regional Goiás Tocantins
Sociedade para a Antropologia das Terras Baixas da América do Sul (SALSA)
Iepé – Instituto de Pesquisa e Formação Indigena
RCA – Rede de Cooperação Amazônica
Uma Gota No Oceano
OBIND-Observatório dos direitos e políticas Indigenistas
Grupo de Estudos Interculturais das Amazônias GEIA/CNPq
Organização dos professores indígenas do estado do Acre, OPIAC presta solidariedade em apoio à Alessandra munduruku
Indigenistas Associados (INA)
GT Ecología(s) Política(s) Desde El Sur/Abya Yala, CLACSO, Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais
T/terra: Laboratório de Antropologias da terra/UNB
Laboratório de Antropologias Experimentais/Unilab-CE
Grupo de Trabajo Pueblos indígenas, autonomías y derechos colectivos/ Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (CLACSO)
Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco)
Operação Amazônia Nativa
Associação de Mulheres Indígenas em Multirão -AMIM
Climainfo
Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular da UFOPA – NAJUP Cabano
Grupo de Estudos Amazônicos e Ambientais – GEAM/ UFF
ARANDU – Grupo de estudos em filosofia do IEAA/UFAM
Articulação dos Povos Indígenas do Brasil
Movimento Tapajós Vivo de Santarem
Rede de noticias da Amazonia insitucipnal
Movimento Xingu Vivo para Sempre
Conselho Pastoral dos Pescadores – Regional Maranhão
INSTITUTO MADEIRA VIVO – IMV
Coletivo de mulheres do xingu
COLETIVO INDÍGENA MURA DE PORTO VELHO – COINMU
COMITÊ DE DEFESA DA VIDA AMAZÔNICA NA BACIA DO RIO MADEIRA – COMVIDA
FÓRUM MUDANÇAS CLIMÁTICAS E JUSTIÇA SOCIOAMBIENTAL- FMCJS
FÓRUM SOCIAL PANAMAZONICO – FOSPA BELÉM
Juventudes do Médio Xingu
Instituto Talanoa
Instituto de Referência Negra Peregum
Associação Alternativa Terrazul
Associação de Combate aos Poluentes (ACPO)
Grupo de Pesquisa Sociedades, Ambiente e Ação Pública – CNPq/UFPA
Grupo Ambiental Natureza Viva- GRANAV
5 Elementos – Instituto de Educação para a Sustentabilidade
Conselho Indigenista Missionario
Associaçao Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso
Comunema _coletivo de mulheres negras Maria Maria
Articulação Nacional de Mulheres Indígenas, guerreiras das ancestralidades – ANMIGA
Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas – NEABI/UERN
Grupo de Estudos Culturais – GRUESC/UERN
Projeto Saúde e Alegria
Movimento de Mulheres Trabalhadoras de Altamira Campo e Cidade MMTACC
Associação Brasileira de Agroecologia/aba
Articulação de Mulheres Brasileiras – AMB
Organização de Lideranças Indígenas Mura do Careiro da Várzea OLIMCV
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
Rede de Apoio à Saúde Mental Indígena
Instituto Shirley Djukurnã krenak/MG
Coordenação de Mulheres Kokama do Conselho Indígena Kokama da Amazônia – ŸTKA
Geppherg – Grupo de Estudos e Pesquisa em Políticas Públicas, História,Educação das Relações Raciais e Gênero – Fe/UnB
Comitê de Desenvolvimento Sustentável de Porto de Moz
Conselho Indígena Tupinambá do baixo Tapajós- CITUPI
Associação de Moradores agroextrativistas e Indígenas do Tapajós – AMPRAVAT
Conectas Direitos Humanos
Associação indígena At’Axa
Centro Vida Orgânica
Núcleo de Estudos e Pesquisas Africanidades e brasilidades – Nafricab/Ufes
Movimento Amazônia na Rua Recife
Associação indígena Yakamim-Ruka
Laboratório Matula/ UnB
Articulação das CPTs da Amazônia
CPT equipe da Arquidiocese de Santarém
Comissão Pastoral da Terra-CPT/MG
Universidade da Antuérpia Bélgica
Comissão Pastoral da Terra – Campanha De Olho Aberto para não Virar Escravo
Núcleo de Direitos Humanos de Aragominas, Muricilândia e Santa Fé do Araguaia (TO)
MNDH-SC
Rede Sustentabilidade Goiás
Irmãs do Imaculado Coracai de Maria, ICM