Nota – As mulheres da América Latina repudiam os ataques contra o povo peruano
Nós, feministas da América Latina, nos manifestamos contra os ataques contra o povo peruano pelo governo da presidente Dina Boluarte, que cometeu graves violações dos direitos humanos, derramando o sangue de mais de 60 pessoas como resultado da violenta repressão policial e militar. preparado por este regime que se distancia completamente de qualquer noção do que seja democracia.
Embora o protesto social seja um direito inerente a toda democracia, no Peru ele está sendo perseguido e criminalizado. Desde 7 de dezembro, quando foi constituído o atual governo, as organizações sociais peruanas denunciam sua clara inclinação antidemocrática, demonstrada ainda no desconhecimento da eleição nas urnas pelo voto popular de Pedro Castillo, professor rural e dirigente sindical.
A sucessão de Dina Boluarte significou para o povo irmão do Peru um dos períodos mais trágicos de sua história. Este governo ignora as reivindicações políticas de amplos setores da população, especialmente do sul dos Andes, dos povos aimará e quéchua, que reivindicam a antecipação de eleições gerais e a convocação de uma assembléia constituinte, o que implica a renúncia de Boluarte e o encerramento do atual Congresso.
Rechaçamos que a resposta do governo a essas reivindicações tenha sido repressão, perseguição, criminalização e assassinatos que levaram ao luto dezenas de famílias, a grande maioria pertencentes dos povos esquecidos do Peru.
Rejeitamos a criminalização do protesto e a tentativa de deslegitimar suas lutas associando-as a atividades criminosas, terrorismo e vandalismo.
Fazemos eco da dor de todos aqueles que sofreram a perda de um ente querido ou foram vítimas de violência no exercício de seus legítimos direitos, afirmando veementemente que nossas vozes não devem ser silenciadas.
Nos unimos à reivindicação de que os crimes cometidos por este governo não fiquem impunes, que os autores e a cadeia de comando que os levou sejam identificados e punidos. Assim como que os familiares das vítimas obtenham verdade, justiça e reparação.
Como parte da comunidade feminista e de mulheres e dos processos sociais latino-americanos, exigimos uma solução política para esta crise, atendendo às justas demandas da população peruana, um cessar-fogo repressivo, o fim das mortes e o respeito aos direitos humanos.
Nosotras, Feministas de América Latina nos pronunciamos frente a las agresiones contra el pueblo peruano por parte del gobierno de la presidenta Dina Boluarte que ha incurrido en graves violaciones a los derechos humanos derramando la sangre de más de 60 personas como resultado de la violenta represión policial y militar dispuesta por este régimen que se aleja completamente de toda noción de lo que es la democracia.
Aunque la protesta social es un derecho inherente a toda democracia, en Perú está siendo perseguida y criminalizada. Desde el 7 de diciembre en que se instauró el actual gobierno, las organizaciones sociales peruanas vienen denunciando su clara inclinación antidemocrática, demostrada además en el desconocimiento de la elección en las urnas por el voto popular de Pedro Castillo, maestro rural y dirigente sindical.
La sucesión de Dina Boluarte ha significado para el hermano pueblo del Perú uno de los periodos más trágicos de su historia. Este gobierno desconoce las demandas políticas de amplios sectores de la población, especialmente del sur andino, de los pueblos Aymara y Quechua, que están reclamando el adelanto de elecciones generales y la convocatoria a una asamblea constituyente, lo que implica la renuncia de Boluarte y el cierre del actual Congreso.
Rechazamos que la respuesta gubernamental a estos reclamos haya sido la represión, persecución, criminalización y asesinatos, enlutando a decenas de familias, la gran mayoría de los pueblos olvidados del Perú.
Rechazamos la criminalización de la protesta y el intento de deslegitimar sus luchas asociándolas a actividades delictivas, al terrorismo y vandalismo.
Nos hacemos eco del dolor de todas y todos quiénes han sufrido la perdida de un ser querido o han sido víctimas de la violencia ejerciendo sus legítimos derechos, afirmando con fuerza que nuestras voces no deben ser silenciadas.
Nos sumamos a la demanda de que los crímenes cometidos por este gobierno no queden impunes, que se identifique y sancione a los responsables materiales y a la cadena de mando que los propició. Así como que, los familiares de las víctimas obtengan verdad, justicia y reparación.
Como parte de la comunidad feminista y de mujeres y procesos sociales latinoamericanos, exigimos una salida política a esta crisis atendiendo las justas demandas de la población peruana, el alto al fuego represivo, el cese de muertes, y el respeto a los derechos humanos.