NOTA – 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres;

A data foi instituída no Primeiro Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe, na Colômbia, em 1981, e é uma homenagem às irmãs Minerva, Patria e María Teresa Mirabal, que viviam na República Dominicana e foram torturadas e assassinadas pelo ditador Leônidas Trjuillo no dia 25 de novembro de 1960. “Las Mariposas”, em português, “as borboletas”, como eram conhecidas, tinham uma história de luta política e o assassinato delas foi um fator relevante para a queda do ditador.

Neste 25 de novembro continuamos na luta contra o feminicídio e todas as violências contra as mulheres!

A cultura e a estrutura patriarcal capitalista racista se utilizam da violência contra as mulheres para manter o sistema de dominação e exploração sobre nossas vidas e na sociedade, e a nossa luta feminista se realiza para que todas as mulheres, crianças e idosas, tenham uma vida livre de violências.

No entanto, ainda vivemos no Brasil e no mundo um avanço das forças conservadoras, fundamentalistas e autoritárias que negam a existência de mulheres e meninas como pessoas autônomas e portadoras de direitos para decidirem livremente sobre suas vidas.

Os dados da realidade de violência contra mulheres e meninas no Brasil são alarmantes e não podem ser subestimados pelo governo ou banalizados pela sociedade.

  • Entre o primeiro semestre de 2019 e o primeiro semestre de 2023 tivemos um aumento de 14,4% no número de vítimas de feminicídio, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Apenas no primeiro semestre de 2023 fora 722 feminicídios, representando 2,6% a mais que no ano anterior (Fórum Brasileiro de Segurança Pública).
  • Os homicídios femininos também cresceram 2,6% no primeiro semestre deste ano, chegando a 1.902 mulheres assassinadas (idem).
  • O Brasil registrou 34 mil casos de estupro e estupro de vulnerável de meninas e mulheres no primeiro semestre de 2023, um crescimento de 14,9% em relação ao mesmo período do ano passado. A cada 8 minutos, uma menina ou mulher é vítima desse tipo de crime no país (idem).
  • 22% das mulheres declararam que sofreram violência nos últimos 12 meses. E três a cada dez brasileiras já sofreram violência doméstica provocada por um homem, segundo os dados da Agencia do Senado na 10ª edição da Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, Instituto DataSenado/OMV.

A violência contra as mulheres continua sendo uma triste realidade no Brasil e no mundo. A cotidianidade dessa violência tem o poder de ofuscar sua visibilidade e descriminalizá-la no imaginário social e muitas vezes no próprio imaginário das mulheres.

A cada 25 de novembro, renovam-se as evidências de que ainda temos um longo caminho no enfrentamento às violências contra as mulheres que lhes é dirigida nas suas múltiplas formas e expressões. É necessário dar fim a essa realidade.

Nossa luta é pela eliminação de todas as formas de violência contra as mulheres e meninas. Apenas a luta coletiva é capaz de transformar essa realidade e dar um basta na violência. Vem somar com a gente! Participe das mobilizações, atos e iniciativas de enfrentamento à violência contra as mulheres e meninas em seu estado.

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