Giro AMB – São Paulo
Confira aqui o que rolou nos estados no processo de construção deste mês de luta feminista, as principais atividades, atos e as avaliação dos territórios sobre as ações, mobilizações, alianças entre movimentos e debate com a sociedade.
Na cidade de Mauá, no ABC paulista, a AMB SP construiu um ato unificado com diversas organizações e partidos políticos. Foi a primeira vez que mulheres mauaenses construíram uma grande manifestação de rua na cidade. Superando os desafios da pandemia, a AMB organizou sua presença na Praça do Relógio, com bandeiras, lenços, sombrinhas e estandarte. Nesse sentido, 2022 tem sido um ano especial para o crescimento das mobilizações das mulheres nessa região. A articulação com a Frente Regional de Enfrentamento à Violência do ABC rendeu um ato em São Bernardo do Campo, em que nossas companheiras também participaram ativamente da construção política.
Ainda no interior paulista, nos municípios de Bauru e Jaú, as militantes organizaram atividades de luta pelo enfrentamento ao racismo, violência, feminicídio e contra o governo genocida. Com destaque para o ato público realizado na OAB Jaú, dia 12, que contou com a presença de muitas AMBistas e foi articulado com a formatura das Promotoras Legais Populares – Núcleo Abayomi Jaú. Na ocasião também foi feita a leitura do manifesto de 8 de março da AMB. Outra ação de impacto, nesta região, foi a Plenária do dia 30, na qual aconteceram articulações com movimentos, debates sobre a violência da qual as mulheres negras são vítimas e sobre a luta antirracista.
Já na capital paulista, o ato unificado deste ano aconteceu na área central da cidade, o que – na avaliação da AMB SP – atrapalhou o diálogo com a população em relação ao ano anterior, uma vez que os atos nos bairros trouxeram maior proximidade com as mulheres populares. Por conta da pandemia, pandemônio e de fatores internos, o agrupamento da AMB SP na capital vem enfrentando problemas de desarticulação no processo de construção do ato do 8 de março. Mesmo assim, declararam que “ver a Av. Paulista, principal via da cidade, com militantes de coletivos e movimentos, deu um gás para as companheiras paulistanas”.