GIRO AMB – Espírito Santo

Confira aqui o que rolou nos estados no processo de construção deste mês de luta feminista, as principais atividades, atos e as avaliação dos territórios sobre as ações, mobilizações, alianças entre movimentos e debate com a sociedade.


O Fórum de Mulheres do Espírito Santo – FOMES, conforme vem realizando há muitos anos, novamente esteve à frente da organização do ato de 08 de março, em Vitória, que este ano contou com a participação de 63 organizações de diferentes segmentos. O Fórum compôs ativamente as comissões de finanças, estrutura, mobilização e comunicação. Para o ato unificado, da capital, vieram mulheres de diversos municípios do estado, urbanas e rurais. Foi elaborado um manifesto conjunto e transformado em vídeo, lambes e panfletos. 

As mulheres saíram às ruas de Vitória no dia 08, com o lema: “Pela vida das mulheres: Bolsonaro nunca mais”. Reivindicando um Brasil feminista, sem fome, sem desemprego, sem machismo, sem racismo e sem violências. A concentração ocorreu à tarde, na Praça Costa Pereira, no Centro da cidade, e contou com apresentações político-culturais. 



O ato realizou uma parada em frente ao Palácio Anchieta, local ocupado na manhã do mesmo dia por mulheres do MST e Quilombolas. Lá foi solicitada uma reunião com o governador sobre a pauta das mulheres acampadas. Dentre os pontos reivindicados, estavam: o retorno imediato da Mesa de Resolução de Conflito e a materialização desse instrumento em uma Lei Estadual; a retirada das invasões do território quilombola; o posicionamento do governo acerca da prorrogação das reintegrações de posse (despejo zero), no campo e na cidade. Uma Comissão com cerca de vinte mulheres e organizações parceiras (entre elas o FOMES) participaram da mesa de negociação em que o governador se comprometeu com alguns encaminhamentos, inclusive com o retorno da Mesa.

O FOMES avaliou que saiu fortalecido deste mês, pela habilidade de manter o processo unificado para o 8 de março, bem como pelo respeito adquirido na região por ser um movimento autônomo popular, que não foge das lutas.