Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial

#PraTodesVer: Card com fundo cinza e letras grandes laranjas, que diz: “21 de março, Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial”. Abaixo da frase, recortes e sobreposição de fotografias com militantes negras da AMB. As mulheres usam máscaras, algumas seguram instrumentos, microfone, cartazes e uma bandeira com a logo da Articulação.

A AMB na sua luta antirracista vem denunciar todas as estruturas que produzem e reproduzem o racismo e suas manifestações de preconceitos e discriminações no cotidiano e na vida de pessoas negras. Nesse 21 de março de 2022, ainda sofrendo e enfrentando os tempos de pandemia, tempos esses muito difíceis para a população negra, tempos de racismo escancarado.

Sabemos do racismo declarado desse desgoverno que ataca e mata a população negra. As mulheres negras ficaram sem trabalho e choram de forma ainda mais profunda pelos seus filhos, são mães vítimas desse Estado racista e genocida.

Denunciamos hoje ainda mais alto o massacre e o genocídio do povo negro especialmente dos nossos jovens; o encarceramento dos jovens, das mulheres e dos homens negros; a violência policial nas quebradas; a violência institucional por onde quer que andemos em lugares públicos e privados também; O feminicídio de mulheres, das jovens e das meninas negras; A falta de perspectiva com a educação com os números de evasão dos meninos e das meninas e dos meninos negros do ENEM este ano, chegou a 70%.

Os últimos dois anos acabou com toda a perspectiva educacional da população negra, dos jovens negros porque as escolas públicas não deram o menor suporte, ou seja, aquele velho racismo institucional e isso também é uma forma de tentarem nos matar, apagar nosso futuro;

Temos nessa sociedade um forte racismo religioso, na qual o fundamentalismo religioso se fortalece e estrutura, ainda mais, o racismo. Inclusive no ataque de maneira direta e desproporcional as religiões de matriz africana. Denunciamos os ataques sofridos pelas mulheres quilombolas e o racismo ambiental.

Denunciamos fortemente, também, essa FOME criminosa! Essa situação de miserabilidade que o povo negro é empurrado pelo sistema estrutural racista, pelo governo Bolsonaro e por toda sua corja fascista.

FORA BOLSONARO! BOLSONARO NUNCA MAIS! POR UM BRASIL SEM MACHISMO, RACISMO E FOME!

Inspiradas na carta-programa dos panteras negras em 1978 porque somos continuidade e nossos passos vem de longe colocamos para o Brasil e para o mundo O QUE QUEREMOS com o fim da discriminação racial hoje.

– Queremos o fim da fome e a garantia da segurança e autonomia alimentar para população negra e todos os povos;

– Queremos o fim do genocídio dos jovens negros;

– Queremos emprego e dignidade;

– Queremos o fim do encarceramento;

– Queremos saúde mental para as mulheres negras e Bem viver;

– Queremos educação de qualidade;

QUEREMOS VIVER!

Parem de nos matar! Parem de nos perseguir e discriminar! Pare o preconceito racial!

“NÓS QUE ACREDITAMOS NA LIBERDADE, NÃO PODEMOS DESCANSAR ATÉ QUE ELA VENHA”. (Ella Baker)