Corpo e Sexualidade: Como lidar?
A oficina “Corpo e Sexualidade: como lidar?” aconteceu na terça, dia 15 de agosto, no espaço das tendas no Pavilhão do Parque das Cidades em Brasília e foi organizada pela AMB e Marcha Mundial das Mulheres – MMM.
A atividade lotou o espaço que foi iniciado com a presença da batucada da MMM, que animou as participantes entoando palavras de desordem. Após um resgate sobre episódios recentes na luta pela autonomia sobre nossos corpos e o que isso significa na vida das mulheres, mais de 20 companheiras compartilharam provocações e experiências a partir de seus territórios.
As mulheres partilharam preocupações sobre o alto índice de violência sexual, especialmente contra meninas e adolescentes. Neste sentido, educadoras e militantes presentes enfatizaram a importância da educação sexual nas escolas e da capacitação de profissionais da educação e servidores públicos.
Os padrões de beleza e de feminilidade também foram criticados, evidenciando a necessidade da luta cotidiana das mulheres na construção de subjetividade e na construção de relações amorosas e sexuais saudáveis, sobretudo entre as mulheres negras e as que possuem corpos dissidentes.
A maternidade deve ser escolha e não imposição
O aborto apareceu como um fato cotidiano da vida das mulheres e pessoas que gestam, provocado pelos chás dos conhecimentos herdados ou de forma espontânea. A descriminalização das mulheres e pessoas que gestam e a legalização do aborto foram tratadas como pautas urgentes e necessárias para alcançarmos a real autonomia.
Rodando em uma ciranda, com mãos entrelaçadas, saímos com o compromisso de levar esse debate aos nossos territórios para promover maior troca entre as mulheres em luta por maior autonomia sobre seus corpos, desejos e prazeres.
Texto de Bibiane Serpa. Este conteúdo é parte da Cobertura Popular Feminista Colaborativa realizada pela Coletiva de Comunicação AMB, organizada especialmente para a 7ª Marcha das Margaridas.