Somos da Articulação de Mulheres Brasileiras, de 17 estados do Brasil, das capitais e do interior. Somos mulheres trabalhadoras, com e sem emprego, da cidade e do campo, da floresta e das águas, jovens, adultas e idosas, negras, indígenas e brancas. Somos mulheres hetero, lésbicas e bissexuais. Nós somos feministas em luta contra o sistema patriarcal, racista e capitalista. Conclamamos a sociedade e todos os movimentos sociais a tomarem as ruas em defesa dos direitos das mulheres, pela democracia e por justiça socioambiental.

Estamos em luta pelo direito ao aborto, contra o feminicídio e a violência que atinge todas as mulheres e a comunidade LGBTQIAPN+, principalmente mulheres negras, indígenas e trans. Nos mantemos enfrentando esse sistema opressor que tenta controlar nossos corpos e explora nossa força de trabalho, que nos quer obedientes e acuadas, que direciona seu ódio ao feminismo.

Lutamos por políticas públicas que garantam vida e retirem das mulheres o peso do trabalho doméstico e dos cuidados a fim de liberar mais tempo para auto-organização e participação política. O Congresso Nacional está tirando orçamento das políticas para mulheres, do Sistema Único de Saúde e da Assistência Social. Não vamos admitir tais cortes! Queremos trabalho digno e partilhado, saúde, educação, assistência e previdência social.

Por isso, reivindicamos do governo brasileiro que reveja sua concepção de desenvolvimento e implemente políticas públicas com justiça socioambiental, sem privatizações e nem parcerias público/privadas, políticas que garantam o enfrentamento das desigualdades de sexo, gênero, raça, etnia, geração, deficiências, em todos os territórios que vivemos. Exigimos que  os povos originários e tradicionais tenham garantidos a permanência em todos os seus territórios ancestrais. O enfrentamento da crise climática só é possível com outro modelo de desenvolvimento.

Seguimos no enfrentamento à extrema direita fascista, que reúne o fundamentalismo religioso e as armas, no mundo e no Brasil. O nosso grito nas ruas será ‘sem anistia para os golpistas’ e pela apuração imediata de todos os crimes praticados contra quem luta por justiça.

Nos manifestamos em solidariedade ao povo palestino. Exigimos o cessar fogo imediato na Faixa de Gaza e o fim do genocídio que tem assassinado sobretudo mulheres e crianças. Nossa solidariedade se estende a todos os povos do mundo, em especial da América Latina e da África, aqueles que estão sob governos fascistas.

O momento exige que o povo tome as ruas. Temos que enfrentar os desmandos do Congresso Nacional e expressar a força do nosso desejo de Bem Viver.

Procure o movimento feminista mais próximo, em seu município, e junte-se a nós nesse Dia Internacional de Luta das Mulheres – 8 de março.

Estamos juntas nas ruas. Vem pra luta feminista!

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